
O temperamento igual é a afinação padrão para instrumentos no Ocidente e moldou nossa maneira at ual de pensar sobre música. O objetivo desta pesquisa é explorar como o conhecimento posto em prática e os significados associados ao surgimento histórico do temperamento igualitário, em instrumentos que antecederam o violão, podem contribuir para uma abordagem interdisciplinar da aprendizagem da matemática e da música. Para isso, realizou-se uma análise interpretativa do conteúdo do livro A Harmonia Universal de Mersenne de 1637, e estudou-se o processo de gênese e desenvolvimento no século XVI do conhecimento presente neste livro. Os resultados revelam que é possível repensar o ensino de alguns conteúdos geométricos no nível escolar, como o teorema de Euclides e a progressão geométrica, a partir do problema da divisão proporcional do braço do violão. Concluímos também que a noção de auto-semelhança permitiria a geração de propostas didáticas interdisciplinares que fomentassem um vínculo transversal entre a Matemática e a Música.
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