
Neste artigo defendemos a tese de que um quadro semiótico permite perceber melhor como o uso de um Sistema de Álgebra Computacional (CAS) pode apoiar ou limitar a actividade matemática. Este trabalho situa-se num quadro teórico em que fazer e aprender matemática é considerado um comportamento semiótico. Partindo da noção de signo triádico (representamen, objecto, interpretado) desenvolvido por Peirce, afirmamos que o uso dos CAS para mudar de representamen (representação) no estudo de um objecto matemático pode ajudar o estudante a produzir vários interpretados (interpretações) para esse objecto. Esses diferentes interpretados, baseados em diferentes representações, permitem um acesso epistemológico ao objecto. Utilizamos a distinção de Duval entre conversão e tratamento para distinguir as diferentes formas de actividade semiótica com os CAS. Ilustramos este argumento através de um extracto do diálogo entre dois estudantes universitários enquanto resolviam um problema matemático usando os CAS.
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