
Este trabalho apresenta uma investigação sobre o papel que desempenham as argumentações nas aulas de matemática e as características das argumentações por edução ao absurdo, tratando de compreendê-las como um recurso de validação de resultados na matemática que se alcançam por meio de uma construção sociocultural. Foi enfocado o caráter cultural no aspecto profissional, pois a atenção se concentrou nos estudantes de distintas carreiras e formações, tratando de determinar as distintas concepções de alunos e os mecanismos de seu funcionamento. Esta investigação se situa na perspectiva sócio-epistemológica, a qual oferece uma visão que inclui as variáveis do tipo social e cultural que participam na construção do conhecimento. Os resultados mostram evidências da construção das argumentações como resultado de práticas sociais, já que foi possível, por um lado, identificar nas respostas obtidas características que refletem a formação profissional, e por outro compreender que as argumentações por redução ao absurdo não são utilizadas em problemas que transcendem o ámbito acadêmico nem se quer pelos estudantes que são capazes de justificá-las e utilizá-las em contextos próprios da matemática.
Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.